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O Brasil dos dias atuais é marcado por desigualdades sociais, raciais e de gênero. Isto se reflete nas relações que se desenrolam no mercado de trabalho. Os postos e atividades exercidos por pessoas negras são com mais freqüência aqueles que demandam de menor formação e aperfeiçoamento intelectual. Por outro lado, os ofícios que demandam de mais estudo e preparação são em termos percentuais mais frequentemente ocupados por pessoas que se consideram brancas. 

 

Tendo em vista que todos os seres humanos são dotados de capacidade equivalente de criação e produção, sabemos que essas diferenças são decorrentes de processos históricos. E como tais, são permeados por movimentos de ruptura, mas também de continuidade que contribuíram para o atual quadro social brasileiro.

Reconhecemos que muitos avanços foram feitos, mas que também e principalmente muitas mudanças ainda estão por serem feitas. Por isso, contamos com a sua ajuda para mudarmos essa história, porque assim como todos, você, caro aluno, também é um agente modificador do seu próprio tempo histórico. 

 

O Mercado de Trabalho no Brasil Contemporâneo

Sobre a questão da desigualdade no acesso ao mercado de trabalho, assista e analise o vídeo abaixo. Título: Jornada 06 - Mulheres, Negros e Mercado de Trabalho. 

Disponível: https://www.youtube.com/watchv=0RlnpwW4XN8

 

Apresentação

Atividade 1

O Gráfico acima representa em termos percentuais a quantidade de alunos negros e brancos que estavam se formando em determinados cursos do Ensino Superior e que realizaram o chamado Provão no ano 2000.

a) Tendo em vista que do período da realização da pesquisa já se passaram 14 anos, procure em sites, jornais, revistas e livros, gráficos ou  tabelas que indiquem o percentual de negros e brancos nas univerdades depois do ano 2000. 

b) Depois de selecionado o seu material faça comparações e indique se houve transformações. 

c) Identifique as possíveis causas do aumento ou redução do acesso de pessoas negras ao Ensino Superior. Procurre se posicionar a respeito de políticas afirmativas, como o da Criação de cotas para o ingresso nas Universidades.

d) Proponha pelo menos duas estratégias para superar as desigualdades entre negros e brancos no que diz respeito à inserção no mercado de trabalho e no ingresso nas universidade. 

ATIVIDADE 2

Tendo em vista as discussões abordadas pelo vídeo “Mulheres, Negros e Mercado de Trabalho" elabore entrevistas com pessoas de diferentes idades (no mínimo duas) que se considerem negras ou pardas, relatando suas trajetórias profissionais. Você também poderá criar tabelas com dados numéricos recolhidos ou contar a biografia de algum entrevistado específico. Use sua imaginação!

Siga as seguintes, instruções:

a) Produza um texto que interprete as entrevistas realizadas por você, procurando comparar com as falas das pessoas do vídeo acima.

b) Elabore uma roteiro com as perguntas que serão feitas para os seus entrevistados. 

b) Atribua um título ao seu trabalho final.

 

 

"Mercado de Trabalho e racismo"

 

(...) De acordo com os dados do Provão/ 2000-Inep/Mec, dos formandos que fizeram o provão em 2000 nos cursos de Administração, Direito, Medicina Veterinária, Odontologia, Medicina, Jornalismo e Psicologia, dentre outros, mais de 80% é constituído por brancos, enquanto apenas 2,2% dos universitários são negros. (Folha de São Paulo. 14/01/2001). (Veja quadro Desigualdade em números).

A partir das universidades, podemos ter uma visão perfeita de como estará constituído o mercado de trabalho em algumas profissões. Este funcionará como um espaço de segregação racial uma vez que, concluir o curso superior significará melhores oportunidades de trabalho para brancos, o que nos leva a suspeitar que o Estado, por meio de políticas públicas, notadamente educacionais, alimenta este processo. E, apesar da lei considerar a discriminação, crime, sabe-se que existe uma preferência por parte da maioria do empresariado capitalista em um tipo de profissional onde o quesito cor é bem significativo.

O desafio é ultrapassar o preconceito por meio de profundas mudanças culturais e sociais. No entanto, para que isso ocorra, é fundamental tomarmos consciência das marcas impressas pelo racismo (baixa estima, medo, insegurança, desconfiança, temor) para, de vez, suprimi-lo.

 

 

Disponível em:

http://sociologiacienciaevida.uol.com.br/ESSO/Edicoes/20/artigo119612-1.asp

 

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